Um e-commerce que lhe cai bem
O ator Thiago Adorno e a administradora de empresas Taiza Krueder são pessoas que têm algo em comum, precisam estar bem vestidas e têm pouco tempo para frequentar lojas em busca de roupas e acessórios. Por isso, ambos pesquisam e compram boa parte de seu guarda-roupa na web, seguindo uma tendência já comum nos Estados Unidos e Inglaterra, mercados mais evoluídos para esse tipo de e-commerce e referência mundial para os varejistas online. No Brasil, o e-commerce de roupas ainda engatinha, mas deve ganhar força em 2012 e conquistar popularidade junto aos internautas. Se há quatro anos o setor de moda ocupava a 26ª posição em vendas na web, em 2011 ele está entre os 10 mais, pulando para o 6º lugar, segundo a consultoria e-Bit.
Adorno está pronto para passar o Natal com as roupas novas. É e-consumidor de acessórios e vestuário há três anos, e sempre sai em busca de promoções, especialmente se elas forem do estilista Alexandre Herchcovitch, cujas roupas são descoladas e se adaptam ao seu estilo de vida. Ele elogia a qualidade das mercadorias e o prazo de entrega. “Sempre recebo num prazo antes do esperado. A última compra foi feita numa quarta de madrugada e ela chegou aqui em casa na sexta-feira de manhã, e sem cobrança de frete. Poupo meu tempo, gasolina e estacionamento”.
Taiza, que dirige uma rede de restaurantes em São Paulo, é outra adepta da web quando procura moda praia, roupas descoladas ou mais formais para reuniões com clientes. “Gosto muito de comprar pela internet. Quando vejo uma marca que me interessa, pesquiso sobre ela antes de escolher.”
Uma das dificuldades encontradas pelos clientes na hora da compra online é o tamanho da roupa, que ainda carece de padronização. Mas a definição das medidas do vestuário já está em curso, seguindo normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e dos fabricantes. Até o final de 2012, as etiquetas com informações sobre altura, tamanho da cintura, comprimento do braço e até largura do pescoço deverão estar presentes nas peças. Estudo feito pela rede social de moda Fashion.me com pessoas que pesquisam sobre moda e comentam tendências, mostrou que 25% delas têm dúvidas sobre tamanhos e caimento, e 12% não conhecem suas medidas.
Segundo Chris Rother, diretora da consultoria da e-bit, o setor de moda teve mais cliques únicos (que evidencia o interesse por alguma coisa) do que eletrodomésticos, perfumaria, cosméticos, entre outros. Se isso fosse revertido em vendas, representaria 64% do volume de transações, ou seja, é a categoria que mais chamou a atenção dos consumidores naquele mês. O estudo também revelou que quem compra moda é majoritariamente o público feminino (69%), tem graduação (59%) e renda média mensal de R$ 4.440, um pouco acima da média do internauta que frequenta a web (R$ 3.200).
Para esse público, surgiram dezenas de sites e e-commerce de vestuário, entre eles e-Closet, OQVestir, Fashion.me, Farfetch, Dafiti e Daslu, butique de luxo que abriu sua loja virtual há quatro meses. Diante de tantos endereços começam a aparecer também os buscadores de moda. Um dos recentes é o Fashionera, com mais de 1.500 marcas do mundo todo entre roupas, sapatos, bolsas e acessórios femininos.
Provador virtual – No Brasil, o pioneirismo do e-commerce de roupas é da Marisa, desde 1999 na web e com o mesmo perfil de suas lojas físicas (classes B e C). A empresa tem dois milhões de clientes cadastrados no site, segundo o gerente de e-commerce, Thiago Barros, que não revela o faturamento. A principal inovação da Marisa online, e cobiçada pela concorrência, é seu “provador” virtual: a cliente indica suas medidas e elas são cadastradas no site. A partir daí, a loja define o tamanho ideal para cada tipo de peça selecionada e as fotos desses produtos com tamanho ideal que estiverem em estoque são identificadas com o selo “sua medida”, facilitando a navegação e as compras futuras. Barros não fala de números, mas diz que as vendas cresceram “sensivelmente” desde que a ferramenta foi adotada na Marisa.
Outro recurso já utilizado por alguns lojistas é medir as peças em estoque (ombros, busto, quadris, comprimento, cintura) e colocar esses dados ao lado da descrição das roupas, como fazem OQVestir e o e-Closet. “Como somos um multimarcas com vários tamanhos e modelos, decidimos ajudar a cliente com essas informações”, informa Mariana Medeiros, diretora do OQVestir, portal com foco no público A e B, com 4 mil itens expostos e 3 milhões de page views mensais. O e-Closet, no ar desde 2008, é um dos primeiros portais de moda de luxo no Brasil, e também informa as medidas das peças expostas. O e-Closet tem 15 pessoas entre estilistas, fotógrafos, modelos, medição e logística, segundo seu diretor José Paulo Motta, e vende 2.500 itens de 130 marcas, com destaque para a Issa, da estilista brasileira Daniela Helayel, uma das preferidas da princesa Kate Middleton.
São bons exemplos de como a tecnologia pode auxiliar a vender mais sem precisar esperar pela padronização, diz Alexandre Soncini, diretor de Vendas e Marketing da VTEX, responsável por várias plataformas de e-commerce no Brasil, com 10% de seus clientes do ramo da moda. “O consumo de moda online ainda é pequeno em relação aos mercados avançados também por conta da complexidade da logística e falhas no transporte”, observa. Soncini cita a Realidade Aumentada como outra promissora tecnologia. O aplicativo ajuda o internauta a provar a roupa, fotografá-la e divulgar nas redes sociais para a aprovação dos amigos.
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Muito obrigada