Home Office tem seus prós e contras, mas vale a pena
Embora haja muita resistência, é um meio de trabalho legítimo e pode ser uma alternativa para algumas empresas e escritórios.
Talvez para a maioria não funcione, pois requer muita disciplina, organização e principalmente método. Todavia, muitas empresas já ingressaram nesta realidade e usam trabalhadores home office há anos. Porém, pode ser uma verdade a ser enfrentada e aplicada para solucionar despesas e/ou outras questões.
Uma pesquisa realizada pela Remunerar, consultoria de remuneração, com empresas que utilizam deste tipo de trabalho há anos demonstra alguns dados interessantes::
No Brasil, a prática ainda está em processo de popularização, com alguma resistência, onde 38% das empresas afirmam não ter a intenção de implementar este modelo de trabalho.
Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente remoto.
Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47% dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.
A dificuldade está no cálculo de eficiência desse modelo. As empresas brasileiras ainda não conseguem por na ponta do lápis o quando se ganha (ou se perde) em produtividade quando o funcionário está em casa. O fato é que a produtividade é uma questão estrutural no Brasil. Porém, definitivamente se economiza em valores para manter o funcionário dentro da empresa, como com a locação para acomodar esses funcionários e a estrutura. Custos que em um negócio começando fazem considera´vel diferença para o bolso do empreendedor. Hoje o aluguel de um escritório custa o dobro do que custava dez anos atrás. Isso para não falar da questão da mobilidade, importante gargalo de infraestrutura nas principais capitais do país.
Mesmo com estas ideias, a grande maioria das empresas não oferece tal possibilidade em várias áreas, apenas em áreas específicas:Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em algumas áreas. Os departamentos de vendas, marketing, tecnologia da informação e recursos humanos são os mais adeptos – principalmente no setor de serviços (70%). Há segmentos da indústria de Brasil novo e Brasil antigo, naturalmente as empresas e departamentos que já trabalham por projeto têm maior propensão à adoção do mecanismo.
Para funcionar, o funcionário deve estar preparado para esta nova realidade e mais, a empresa deve oferecer suporte, tanto tecnológico como gestão e logístico. Não se trata de direitos e deveres entre empresa e funcionário. É mais do que isto: Trata-se de uma dedicação de um ser humano para gerar capital a um ente que devolverá parte deste como forma de remuneração, ou seja, são pessoas lidando com pessoas.
Capital humano satisfeito. É o melhor que uma empresa pode conseguir para o seu desenvolvimento. Se o home office é o meio, não custa tentar.