As lições que Steve Jobs ensinou a Guy Kawasaki
Inspirar-se em pessoas que tiveram sucesso deve ser um hábito enraizado em todos que… pretendam ter sucesso. Já demos aqui o exemplo de Richard Branson, Warren Buffett, Reid Hoffman ou até já falamos de empresários brasileiros de sucesso ou ideias de negócio inovadoras. Enfim, todos os textos que falei anteriormente podem ser excelentes ajudas não só para o deixar mais inspirado, mas também para ter uma noção de quais são as bases para ser bem sucedido na sua profissão. No artigo de hoje, trazemos um dos homens que tem sido considerado um gênio na gestão de grandes empresas. Estamos falando de Guy Kawasaki.
Este especialista em capital de risco é um dos maiores experts mundiais na área do empreendedorismo. Ele é também autor de vários best-sellers e trabalha atualmente com muitas empresas de Silicon Valley. Guy Kawasaki também foi um dos responsáveis pela criação do Macintosh em 1984 e trabalha atualmente com a Apple, tendo sido uma das pessoas que mais lidou com Steve Jobs. Kawasaki escreve artigos para algumas das revistas conceituadas a nível mundial. Devido ao seu contato constante com o fundador da Apple, ele publicou um artigo que viajou por todo o mundo, onde ele partilhou 12 lições que ele aprendeu com Steve Jobs, o qual consideramos que podia interessar a todos os freelancers e pessoas que tenham vontade de iniciar o seu próprio negócio. Segue a lista!
Tenha cuidado com os especialistas
Para Gawasaki, os especialistas são aquelas pessoas que “não podem fazer” por si mesmos então aconselham os outros. No entanto, eles apenas sabem o que está errado com o produto, não sabem como torná-lo maior. Eles podem ensiná-lo a vender mas eles não conseguem vender algo que é deles. Kawasaki aconselha a que se presta atenção o que dizem os especialistas, mas que depois filtre, adaptando à sua realidade toda a informação que recebeu.
Os clientes não sabem dizer o que você precisa
Esta é uma frase antiga de Steve Jobs mas parece que também foi uma das lições mais importantes retiradas por Guy Kawasaki. Segundo ele, o antigo líder da Apple não tinha qualquer equipa de pesquisa de mercado. Quem tomava decisões era “o lado esquerdo do cérebro de Steve Jobs” falando com o direito. “Se você perguntar aos clientes o que eles querem, eles vão sempre dizer querem algo melhor, mais rápido e mais barato”, explica Kawasaki. Para ele, isso não é ser revolucionário pois os clientes acabam fazendo os seus pedidos tendo como base o que eles sentem no presente e não o que eles vão sentir no futuro. “As grandes startups estão a criar um produto que o cliente vai querer usar e não algo que ele está a precisar neste momento”.
Vá para a próxima curva
Enquanto que algumas empresas concentram-se em avançar um pouco mais na sua tecnologia, a Apple sente tentou dar mais do que isso. Tentou criar novas necessidades. “Enquanto que algumas empresas estavam pensando em mudar os tipos de letras, a Apple já estava pensando numa impressão a laser”, explica Guy Kawasaki, que termina este ponto com uma questão interessante: “Você está colhendo gelo de um lago bem gelado ou já comprou uma máquina para fazer gelo?”.
Os maiores desafios geram um trabalho melhor
Para Guy Kawasaki, nada de ficar pensando pequeno. Para ele, Steve Jobs pensava grande e foi essa uma das chaves para o seu sucesso. “Eu ficava sempre com muito medo do que Steve Jobs fosse falar do meu trabalho. Concorrer contra a IBM e a Microsoft era um grande desafio. Mudar o mundo era um grande desafio. Eu e os empregados da Apple fizemos um grande trabalho e demos sempre o nosso melhor. Tivemos que dar o nosso melhor para enfrentar os desafios grandes”, refere Kawasaki.
O design é importante
É do conhecimento público que Steve Jobs era extremamente rigoroso com os pormenores. No seu próprio livro, ele conta um momento em que rejeitou milhares de tons da bege pois ele não gostava de nenhum tom de bege que a empresa tinha apresentado Estamos a falar de milhares de tons de bege! No design Steve Jobs não era diferente. Ele queria levar tudo ao limite. “Grande parte dos mortais acha que preto é preto e uma lata de lixo é uma lata de lixo. Mas Steve via de forma diferente. Ele afirmava que muitas pessoas preocupavam-se com o design mas poucas estavam interessadas em senti-lo”, escreve Guy Kawasaki.
Você não pode se dar mal com muitos gráficos e fontes grandes
Quem não se recorda das apresentações memoráveis de Steve Jobs? O fundador da Apple dava autênticos espetáculos na apresentação dos seus produtos. Segundo Guy Kawasaki, um dos segredos eram os gráficos e as imagens muito grandes que ele utilizava. “Vocês lembra-se dos slides que ele usava? Tinha um fonte de 60! Geralmente havia uma imagem grande ou um gráfico. Olhe para os outros. A fonte era de 8 e não existiam gráficos. Por isso é que se dizia que ele era o melhor nas suas apresentações. Ainda me pergunto porque razão ninguém copiou o estilo dele”, esclarece Kawasaki.
Mudar a sua mente é sinal de inteligência
Quando Steve Jobs lançou o iPhone, não existiam aplicativos. Steve Jobs avisou logo que eles seriam algo mau pois você jamais saberia o que poderia acontecer ao seu smartphone. No entanto, o líder da Apple mudou de ideias e Guy Kawasaki reconheceu isso como uma “evolução” por parte de Steve Jobs, especialmente se tivermos em conta que ele era uma pessoa muito convicta das suas ideias e ambições.
Valor é diferente de preço
“Ai de vocês que comecem algo pensando no preço. Pior ainda é se você compete exclusivamente com o preço. Preço não é tudo o que interessa. Pelo menos para algumas pessoas, o mais importante é o valor. O valor leva em conta o treino, o suporte e a alegria de utilizar uma melhor ferramenta. É seguro afirmarmos que ninguém compra os produtos da Apple pelo seu baixo custo”, refere Guy Kawasaki, que comparou a Apple a empresa como a Zappos ou as empresas de Richard Branson, afirmando que faziam um trabalho “semelhante”.
Contrate pessoas melhores do que você
Steve Jobs era muito exigente com as pessoas que contratavam com ele e Guy Kawasaki não é excepção. Ele afirma que Jobs era “muito disciplinado” e por isso gostava de ter os melhores ao lado dele. “Na verdade, Steve acreditava que era preciso contratar pessoas que fossem tão boas ou melhores do que ele. Como é óbvio, também tínhamos pessoas como níveis inferiores. Mas se você não contratar pessoas melhores do que você, acontecerá aquilo que Steve Jobs chamava a ‘explosão de Bozo’, ou seja, grandes empresas que atingem o sucesso mas que depois acabam por cair em termos de resultados”.
Os CEOs devem apresentar os seus próprios produtos
Steve Jobs nunca percebia porque razão eram os vice-presidentes ou outros membros da equipa a apresentarem os lançamentos das empresas. Para o líder da Apple, deveriam ser os próprios CEO’s a fazer essas apresentações. “Estão milhões de pessoas assistindo, porque razão não vão eles? Talvez seja para mostrar que há um esforço em equipa. Ou então será porque eles não percebem nada daquilo que estão produzindo? Não será isso muito patético?”.
Por vezes deixe seguir
Steve Jobs era exigente, mas ele sabia os seus limites. Segundo Guy Kawasaki, ele por vezes lançava alguns produtos mesmo que eles não tivessem 100% perfeitos. “Ao lançar um produto, você vai errar mesmo. Portanto, jogue ele para a parede e depois analise tudo. Acho que esse é um medo de típico: o de compartilhar coisas que não estejam prontas. O melhor mesmo é ir melhorando o próprio produto, aos poucos”, explica Guy Kawasaki.
Algumas coisas precisam que você acredite para serem vistas
“Quando você enfrenta grandes desafios, dá de caras com vários especialistas. Se está focado em criar algo com valor único, você precisa de fazer as pessoas acreditarem no que você está fazendo. As pessoas precisam de acreditar no Macintosh para vê-lo tornar-se real, o mesmo para o iPod, iPhone ou iPad. Nem todos vão acreditar, mas tudo bem. O ponto de partida para mudar o seu mundo está em mudar algumas mentes. Estas foi das maiores lições que aprendi com o Steve. Ele que descanse em paz, sabendo que realmente mudou o mundo”.
Conclusão
Estes pontos destacados por Kawasaki dão uma visão perfeita de como pensava Steve Jobs. Persistente (até um certo ponto), louco para acreditar em tudo o que criou e acima de tudo focado. Muito mas muito focado. Steve Jobs passava todo o seu dia pensando em fazer sucesso, pensando em mudar o mundo. Mais do que destacar o design dos seus produtos ou a inovação, um dos principais segredos dele para o sucesso foi o foco com que sempre acreditou em tudo. Com concentração no seu trabalho, ele passou a acreditar mais, a estudar mais ou até a ser mais exigente. Mas isso apenas foi possível devido a um esforço enorme da sua parte.
Agora diga-nos: que característica do Steve Jobs o deixou mais impressionado? Se quiser saber este tema de uma forma mais aprofundada, aconselhamos que dê uma olhada no vídeo que está no final do artigo.
Por Luciano Larrossa no Escola Freelancer